
Durante a Conferência BiodieselBR, realizada em 26 de outubro, o presidente da APROBIO, Erasmo Carlos Battistella, defendeu a adoção da mistura B10 (10% de biodiesel por litro de diesel mineral) dentro de dois a três anos, e o B15 em até dez anos.
Segundo o executivo, a indústria brasileira do biocombustível está pronta para atender estes níveis de mistura, para o que os empresários estão dispostos a investir no parque fabril. “Se houver condições de mercado, o setor produtivo vai investir para atender a demanda e manter o mercado abastecido, com segurança e regularidade”, afirma Battistella.
Porém, Battistella indica que o governo precisa ser o indutor das premissas de demanda e viabilidade econômica para os investimentos. O executivo disse ainda acreditar na exportação, experiência que sua empresa e outras associadas da APROBIO fizeram com sucesso no ano passado, mesmo sem o país ter uma política de exportação. “Muitos diziam que não tínhamos estrutura logística ou qualidade do produto para colocar o biodiesel brasileiro em outros mercados e nós vendemos para a Europa”, diz.
Participante do mesmo debate, o representante da ABIOVE, a associação dos produtores de óleo de soja, Fábio Trigueirinho, lembrou que os argentinos para exportar óleo pagam 32% de impostos e 10% para biodiesel. “Portanto, é preciso isonomia tributária para a entrada do biodiesel argentino no Brasil”, disse ele.
Fonte: Portal O Carreteiro
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